O conhecimento elemental
Preciosas palavras
Colhidas em seu estado natural
Tua leitura me fez homem
Me refez menino
Me desfez conceito.
Sigo lapidando sentimentos
Todos me ouvem
Me vêem
Me lêem
Me dissecam
Me devoram, e adoram!
De pedaço em pedaço me desintegro
Íntegro.
Torno a ser bruto e inocente como a flor
A Terra me consome, não sinto dor
Já estou entre os novos, entre os antigos.
Já estive entre os mortos
Entre os artigos, da academia.
Na prateleiras dos Andes, em livrarias
Livros?
Prantos do dia?!
A todos que me leram, que liam
Por amor, paixão ou amizade
Aos que me lerão
Espero deixar saudade
Mais que um livro frio, ou réquiemtado
Pra ignorar a ignorância
A solidão.
por Geraldo Jr.
Mais um instrumento contra o abuso sexual de crianças no Brasil está sendo criado, com a aprovação, pelo Plenário, nesta quinta-feira (17), do chamado "Projeto de Lei Joana Maranhão". A proposta determina que o prazo de prescrição no caso dos crimes contra a liberdade sexual de crianças e adolescentes começa a correr a partir da data em que a vítima completar 18 anos, salvo se nesse tempo já houver sido proposta a ação penal. Proposto pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia, o projeto segue agora para análise Câmara dos Deputados.
O Projeto de Lei Joana Maranhão (PLS 234/09) recebeu esse nome em homenagem à nadadora que denunciou seu treinador por abuso sexual que teria sofrido quando ainda era criança.
Pelo artigo 103 do Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40), o prazo para a denúncia do abuso é de seis meses, a contar do fato. Joana Maranhão era criança quando sofreu o abuso, e sua família, então representante legal da menor de idade, não fez a denúncia. Pelo projeto de lei, esse prazo prescricional de seis meses começa a contar somente quando a vítima completa 18 anos, proporcionando, assim, nova chance para que a pessoa que sofreu abuso - agora maior de idade - possa, ela mesma, promover a ação.
Segundo o presidente da CPI da Pedofilia, senador Magno Malta (PR-ES), em razão da gravidade dos crimes e efeitos nocivos causados a crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual, seria melhor que tais delitos tivessem recebido, na Constituição, o mesmo tratamento dispensado aos crimes de racismo, insuscetível de prescrição. Mesmo assim, acrescentou o parlamentar, é possível dilatar, por meio de lei ordinária, o início da contagem do prazo prescricional.
- Alcançando a maioridade, a vítima assume as condições para agir por conta própria. Propomos, então, que somente a partir desta data comece a correr o prazo prescricional, salvo se já proposta a respectiva ação penal, quando prevalecerão as disposições atualmente vigentes - disse Magno Malta.
De acordo com o senador, as denúncias de violência levadas ao conhecimento da CPI são espantosas, não somente pela quantidade - maior do que se imaginava -, mas também pela crueldade e frieza com que os agentes executam seus crimes.
Malta ressaltou ainda, durante a votação da proposta em Plenário, que a nova lei será um avanço para o país.
- Certamente será copiada no mundo inteiro. Ao aprovar essa lei, fechamos, hoje, um ciclo contra a impunidade. A construção desta lei, na Câmara, com certeza terá celeridade, para que possamos oferecer esse instrumento maravilho às nossas crianças - comemorou o presidente da CPI da Pedofilia.
Os senadores Renato Casagrande (PSB-ES) e Arthur Virgílio (PSDB-AM) também elogiaram o projeto. Para Casagrande, esse novo "arcabouço legal vai garantir punição aos culpados" por crimes de abuso praticados contra crianças. Virgílio enalteceu a coragem de Joana Maranhão em denunciar seu abusador.
Helena Daltro Pontual e Valéria Castanho / Agência Senado
Espero que possa me ajudar.
Peguei meu carro e saí pra trabalhar, deixando meu marido em casa vendo televisão, como sempre. Rodei pouco mais de 1km quando o motor morreu e o carro parou. Voltei pra casa, para pedir ajuda ao meu marido. Quando cheguei, nem pude acreditar, ele estava no quarto, com a filha da vizinha! Eu tenho 32 anos, meu marido 34, e a garota 22. Estamos casados há 10 anos, ele confessou que eles estavam tendo um caso há 6 meses. Eu o amo muito e estou desesperada. Você pode me ajudar?
Antecipadamente grata.
Patrícia
> RESPOSTA
Cara Patrícia,
Quando um carro pára, depois de haver percorrido uma pequena distância, isso pode ter ocorrido devido a uma série de fatores. Comece por verificar se tem gasolina no tanque. Depois veja se o filtro de gasolina não está entupido. Verifique também se tem algum problema com a injeção eletrônica. Se nada disso resolver o problema, pode ser que a própria bomba de gasolina esteja com defeito, não proporcionando quantidade ou pressão suficiente nos injetores. A pessoa ideal para ajudá-la seria um mecânico. Você jamais deveria voltar em casa para chamar seu marido. Ele não é mecânico. Você está errada. Não repita mais isso.
Espero ter ajudado.
Antônio Roberto
Roda Viva
Chico Buarque
Composição: Chico BuarqueTem dias que a gente se sente
Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu...
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino prá lá ...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
A roda da saia mulata
Não quer mais rodar não senhor
Não posso fazer serenata
A roda de samba acabou...
A gente toma a iniciativa
Viola na rua a cantar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a viola prá lá...
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
O samba, a viola, a roseira
Que um dia a fogueira queimou
Foi tudo ilusão passageira
Que a brisa primeira levou...
No peito a saudade cativa
Faz força pro tempo parar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a saudade prá lá ...
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...(4x)
O Quilombo dos Palmares foi fundado no ano de 1597, por cerca de 40 escravos foragidos de um engenho situado em terras pernambucanas. Em pouco tempo, a organização dos fundadores fez com que o quilombo se tornasse uma verdadeira cidade. Os negros que escapavam da lida e dos ferros não pensavam duas vezes: o destino era o tal quilombo cheio de palmeiras.
Com a chegada de mais e mais pessoas, inclusive índios e brancos foragidos, formaram-se os mocambos, que funcionavam como vilas. O mocambo do macaco, localizado na Serra da Barriga, era a sede administrativa do povo quilombola. Um negro chamado Ganga Zumba foi o primeiro rei do Quilombo dos Palmares.
Alguns anos após a sua fundação,o Quilombo dos Palmares foi invadido por uma expedição bandeirante. Muitos habitantes, inclusive crianças, foram degolados. Um recém-nascido foi levado pelos invasores e entregue como presente a Antônio Melo, um padre da vila de Recife.
O menino, batizado pelo padre com o nome de Francisco, foi criado e educado pelo religioso, que lhe ensinou a ler e escrever, além de lhe dar noções de latim, e o iniciar no estudo da Bíblia. Aos 12 anos o menino era coroinha. Entretanto, a população local não aprovava a atitude do pároco, que criava o negrinho como filho, e não como servo.
Apesar do carinho que sentia pelo seu pai adotivo, Francisco não se conformava em ser tratado de forma diferente por causa de sua cor. E sofria muito vendo seus irmãos de raça sendo humilhados e mortos nos engenhos e praças públicas. Por isso, quando completou 15 anos, o franzino Francisco fugiu e foi em busca do seu lugar de origem, o Quilombo dos Palmares.
Após caminhar cerca de 132 quilômetros, o garoto chegou à Serra da Barriga. Como era de costume nos quilombos, recebeu uma família e um novo nome. Agora, Francisco era Zumbi. Com os conhecimentos repassados pelo padre, Zumbi logo superou seus irmãos em inteligência e coragem. Aos 17 anos tornou-se general de armas do quilombo, uma espécie de ministro de guerra nos dias de hoje.
Com a queda do rei Ganga Zumba, morto após acreditar num pacto de paz com os senhores de engenho, Zumbi assumiu o posto de rei e levou a luta pela liberdade até o final de seus dias. Com o extermínio do Quilombo dos Palmares pela expedição comandada pelo bandeirante Domingos Jorge Velho, em 1694, Zumbi fugiu junto a outros sobreviventes do massacre para a Serra de Dois Irmãos, então terra de Pernambuco.
Contudo, em 20 de novembro de 1695 Zumbi foi traído por um de seus principais comandantes, Antônio Soares, que trocou sua liberdade pela revelação do esconderijo. Zumbi foi então torturado e capturado. Jorge Velho matou o rei Zumbi e o decapitou, levando sua cabeça até a praça do Carmo, na cidade de Recife, onde ficou exposta por anos seguidos até sua completa decomposição.
“Deus da Guerra”, “Fantasma Imortal” ou “Morto Vivo”. Seja qual for a tradução correta do nome Zumbi, o seu significado para a história do Brasil e para o movimento negro é praticamente unânime: Zumbi dos Palmares é o maior ícone da resistência negra ao escravismo e de sua luta por liberdade. Os anos foram passando, mas o sonho de Zumbi permanece e sua história é contada com orgulho pelos habitantes da região onde o negro-rei pregou a liberdade.
Fontes: Dpnet.com.br
O Dia On-Line
Feranet21.com.br
Embora na vigência de um grande conflito de interesse (coordenador da mostra) para o comentário que início, não gostaria de negar-me a fazê-lo.
Acredito que a mostra enriqueceu o Outubro Médico deste ano. Não pela técnica ou estrutura onde foi montada, mas pelas coisas próprias da arte como alimento do espírito. Pelas reflexões que o tema proposto induz, pelos sentimentos e cenas que os médicos Dr. Paulo Sampaio e Dr. Bernardo Brito e acadêmicos de medicina Alyne Lemos, André Palmeira, Eudes Simões, Josiane Leite, Miguel Marx, Mondeyv Pascoál, Natália Parente e Pablo Pita dividiram conosco ao expor suas fotografias, e nelas, seus olhares sobre a comunidade.
Refletindo sobre o tema, “Um olhar sobre a comunidade”, vejo mais uma vez que se justifica. Somos cobrados como estudante de medicina ou médicos a possuir um “olhar clínico”. Sobre este olhar, confirmei mais uma vez, que os seguidores da arte médica possuem com acentuação considerável. Através das fotografias da mostra conseguiu-se ver, sentir, ouvir e, sobretudo entender o que as palavras não expressam.
Foi esse o intuito da mostra, proporcionar aos participantes do XXIV Outubro Médico oportunidade de apreciar e ter esse olhar clínico estimulado. É nessa hora que arte e ciência unem-se e não se confundem. A arte sensibiliza-nos. Não digo emocionalmente, torna-nos atentos para ver o que não está explícito. A ciência é pragmática.
Arte e ciência, características intrínsecas da medicina e, com louvor, oficialmente unidas no Cariri com a I Mostra de Caririense de Fotografias do Outubro Médico.
Daniel Coriolano
por Thiago Magno
Às vezes recebemos uma notícia e nos bate àquele vontade incontida de dizer , "já não era sem tempo", pois é, no último dia 25 de setembro o Ministério do Esporte, instituiu grupo de trabalho, com prazo de cento e vinte dias para conclusão, com a finalidade de estudar o cenário da prática de xadrez no Brasil e construir um plano nacional de desenvolvimento do xadrez educacional.
O grupo de trabalho está composto por representantes do Ministério do Esporte, MEC, Confederação Brasileira de Xadrez entre outros, num total de oito membros imbuídos dessa importante missão, da qual esperamos resultados concretos a serem postos em prática o mais rápido possível, pois é redundância falar sobre a importancia intelectual para o estudante o aprendizado e a prática do xadrez.
Os países comunistas têm incluído o "xadrez" como matéria escolar, com aprofundamento no início do século passado, não foi à toa portanto, que os russos dominaram mais da metade do século XX o cenário mundial do xadrez. Para termos hoje uma ideia do que representa o apoio de políticas públicas para o xadrez educacional - que tem ocorrido em outros países - o Grande Mestre Alexandr Fier - número 1 do ranking no Brasil - é, com muito mérito, apenas o 95º no ranking mundial da FIDE (Federação Internacional de Xadrez).
A prática do xadrez educacional sedimenta o foco em ações para desenvolvimento intelectual do jovem. Esse certamente é o principal e louvável objetivo, mas como em qualquer modalidade esportiva, ter atletas no topo em competições internacionais estimula e dissemina a prática para além dos muros.
Por Cory Matos
O governo Lula, com tantos ativos mundialmente reconhecidos para exibir, na grande imprensa brasileira está sempre errado e é sempre culpado de qualquer acusação que lhe é feita por seus adversários políticos.
Essa parcialidade ficou escandalosamente evidente depois da cerimônia de lançamento do marco regulatório do pré-sal em Brasília, na última segunda-feira. Por conta de discurso de Lula com críticas ao governo FHC, esses grandes meios de comunicação em peso ficaram furiosos com o “ataque” do presidente ao governador de São Paulo, presente à cerimônia.
Mais evidente, porém, foi a compra automática pela imprensa da posição manifestada por Serra sobre a decisão de Lula de pedir urgência na votação do novo marco regulatório. Lendo um jornal ou assistindo a um telejornal, só se vê críticas ao modelo do governo. Não permitem que ninguém além dos membros do governo opine favoravelmente ao modelo de partilha do pré-sal proposto.
Diante de um quadro desses, é espantoso olhar para as pesquisas sobre a aprovação do governo Lula.
Sobretudo quando se constata que o apoio a ele é fortemente majoritário em praticamente todas as classes sociais, em todas as faixas etárias, em todos os níveis de instrução e em todas as regiões do país, tendo apoio pouco menor entre os que têm maior renda, mas sendo majoritariamente aprovado entre os que têm maior nível de instrução.
Do mais culto ao mais ignorante, de norte a sul do país, do estudante ao aposentado, mesmo entre os que lêem e se informam mais pela grande imprensa, a maioria aprova o governo Lula. A despeito do que essa mesma imprensa diz sobre ele sem parar.
Acho perfeitamente legítimo afirmar, portanto, que o brasileiro, em média, não confia na imprensa, ao menos quando o assunto é política, pois, se esses jornais, tevês, rádios, revistas, grandes portais de internet, articulistas, editorialistas etc. atacam tanto o governo e ele continua cada vez mais popular, é porque a população acha que esses veículos e jornalistas mentem.
por Eduardo Guimarães em Cidadania.com
Era somente um cartaz (acho que era um cartaz mesmo) com a cara do candidato, enquanto um locutor ia lendo a sua biografia, uma coisa patética que nos obrigava a desligar a televisão imediatamente.
O tempo foi passando, os candidatos começaram a falar e se movimentar na tela.
Lembro-me muito bem da campanha de Tasso Jereissati, na época, contra Adauto Bezerra para governador do Ceará, onde ele mal aparecia, o programa era quase que exclusivamente, apresentado por um apresentador tarimbado que não me lembro o nome – mas ele não deve ser boa pessoa, já que também fez o mesmo por Fernando Collor.
Hoje em dia as campanhas na TV são verdadeiros video-clips dos candidatos, onde eles, acho, mal opinam, servem mais como atores do que como candidatos mostrando SUAS propostas. Isso também é algo patético.
Claro, nem todos são bons atores, e isso é visto às claras na TV.
Fico imaginando todo aquele stress por trás daquele sorriso na TV, dezenas de pessoas correndo de um lado pro outro, outras dezenas pedindo silêncio, corta aqui, corta ali, vamos refazer, cuidado com a luz, com o som, olha o continuísmo, etc., afinal, o que vemos é um verdadeiro filme, uma verdadeira novela, super ensaiada e bem produzida.
Outra coisa que também está ficando patética são os debates na TV, onde durante os intervalos dezenas de secretários ficam passando e colhendo informações dos candidatos.
Fico imaginando se daqui a alguns anos os candidatos nem precisarão ir aos debates, sendo representados pelos seus advogados.
Fico imaginando também a que ponto chegamos, procuro entender todo o caminho histórico percorrido desde as primeiras eleições do mundo, onde não havia propaganda política, onde apenas a figura do candidato era importante, seu currículo e mais nada.
Em breve, também, quem sabe, durante a propaganda política também não se abra um espaço para merchandising de remédios para emagrecer, parar de fumar ou até para viciados em TV – eles merecem.
por Michel Macêdo
E se eu tivesse um pequeno sonho pra ti?
Um inesperado perfume pra esse momento delicado, por ti?
Pela boca te sopraria uma suave brisa das manhãs
Levando cristal de orvalho de teus olhos
E deixando uma lembrança a florir de teu sorriso
Sou cheio dessas invenções
Inúteis pra esse mundo hoje
E se sou também as vezes bobo demais
E te faço perder a postura, e gargalhar
É Pra que o futuro possa decidir
O que nos fará depois sonhar
Te dei canções...
Ai...
Tanto amor ensinou-me a usar as mãos e língua
Como quem escreve com fogo
Desejos no corpo que toca.
Mas decifrar-te sempre foi uma cruel e árdua
Feliz e mágica poesia
Que me consumia, a alma em arpejos menores
Nos teus beijos modais
De nosso povo Cariri
Murmurando rezas ancestrais
Que nos fazem chorar e sorrir
Desencantar e soir
À necessidade dos sentidos!
por Geraldo Junior
Pietá - Basílica de São Pedro
por Thiago Magno
De Alberto Dines em 21/7/2009 (Observatório da Imprensa)
O Estado brasileiro judicializou-se, transferiu-se para os tribunais. A inoperância e desqualificação do Legislativo somada ao caráter circunstancial e casuísta das ações do Executivo levam o Judiciário a assumir uma série de atribuições indevidas.
Atrás desta grave disfunção estrutural está o velho mandonismo e a incapacidade dos agentes políticos para buscar algum tipo de consenso e conciliação. Preferem os impasses logo encaminhados às diferentes instâncias judiciais mesmo quando as divergências são de ordem conceitual, não envolvendo ilícitos ou ameaças.
O STF tem sido a instituição mais procurada para dirimir controvérsias, digamos impertinentes, porque a Constituição de 1988, apesar da fama progressista e cidadã, apresenta enormes lacunas e imprecisões. A pressa em promulgá-la permitiu a sobrevivência de estatutos produzidos durante o regime militar designados aleatoriamente como "entulho autoritário".
Nem a Lei de Imprensa nem a discussão sobre a obrigatoriedade do diploma específico para o exercício de jornalismo deveriam ter sido encaminhadas à suprema corte. Foi um equívoco – ou leviandade – submetê-las à apreciação de um ministro-relator, e em seguida aos seus dez pares, nenhum deles disposto a e suficientemente preparado para mergulhar numa questão complexa e multifacetada.
Tanto o ministro-relator Gilmar Mendes como aqueles que o acompanharam na decisão não conseguiram convencer a sociedade de que haviam entendido a chamada Questão do Diploma de Jornalismo. Deixaram-se iludir pelos autores da representação. É incrível, mas é imperioso e penoso registrar que Suas Excelências, Meritíssimos e Meritíssimas, foram ingênuos. Ao invés de convocar peritos, contentaram-se com constatações simplistas, produzidas pelo senso comum e lugares-comuns.
Reconhecimento da profissão
As entidades patronais que direta ou indiretamente patrocinaram a causa fixaram-se na questão do certificado e menosprezaram o ponto crucial: a existência de uma profissão multi-secular, na verdade bi-milenar, reconhecida em todo Ocidente.
Era mais fácil e mais conveniente eliminar a obrigatoriedade do certificado sob o pífio pretexto de universalizar o acesso à informação do que reconhecer que os precursores dos jornalistas contemporâneos foram os funcionários romanos chamados de diurnarii (daí giornalisti e journalistes). Também chamados de actuarii porque se encarregavam de preparar as atas ou Actas informativas que circulavam na capital do império a partir do século II a.C.
A profissão de jornalista, reconhecida e legalizada, começou com a produção das Actae Diurnae (Atas Diurnas), também conhecidas como Atas Públicas, Atas Urbanas ou ainda Diurnálias. Mas também circulava uma Acta Populi e, para comprovar que nada se cria, tudo se copia, havia até uma Acta Senatus, secreta, que certamente inspirou o senador José Sarney a produzir seus boletins confidenciais.
Os proto-jornalistas foram estudados pelo historiador-jornalista Carlos Rizzini em O Jornalismo antes da Tipografia (Cia. Editora Nacional, S. Paulo, 1968, pp. 4-10). Mais recentemente, o historiador português Jorge Pedro Souza ofereceu preciosas informações sobre uma atividade exercida há dois milênios que o espirituoso presidente do STF, Gilmar Mendes, considera equivalente à dos mestres-cuca (Uma Breve Historia do Jornalismo no Ocidente in Jornalismo: Historia, Teoria e Metodologia, pp 34-44, Edições Universidade Fernando Pessoa, Porto, 2008).
Hipólito e os redactores
Na apresentação da primeira edição do Correio Braziliense, o primeiro periódico a circular sem censura no Brasil e em Portugal, seu autor, o gaúcho Hipólito da Costa, escreveu com data de 1º de Junho de 1808 uma profissão de fé sobre a nobre missão dos jornalistas aos quais designa como redactores das folhas públicas.
Hipólito delineava de forma inequívoca uma função social e um ofício. Sua convocação dirigia-se primeiramente aos que vivem em sociedade e, em seguida, àqueles que deveriam servi-la. O patriarca do jornalismo estabelecia uma clara diferenciação entre o cidadão e aqueles que devem informá-lo. Não regulamentou a profissão, concedeu-lhe um status especial. Distinguiu-a com a missão de levar a colônia a superar os 308 anos de trevas e silêncio e preparar a sua emancipação.
Dois séculos depois, a conjugação de um Estado capenga e uma corte desnorteada – ou mal informada – jogam nossa história no lixo.
Postado por Cory Matos
Escreves torto
não obstante
a linha reta
quotidiana.
Mas, escreves,
rabiscas...
O mapa do porvir
n'alma inquieta
acenará
com frases,
verdades,
equívocos:
a sublime
capacidade
de recomeçar.
por Cory Matos
Mas me interesso muito pela história das coisas. Por exemplo, quando vejo um carro velho, modelo antigo, fico imaginando que aquele carro já foi top de linha, já viajou numa cegonha brilhando de novo, já foi exposto na sala vip da concessionária, já foi paquerado pelo seu futuro comprador, já teve seu tanque cheio pela primeira vez, já fez a alegria de crianças e cachorros, e coisas assim.
Casas velhas também me fazem ter tal sensação. Às vezes, abandonadas no meio de estradas estão casas velhas, feias, e até algumas bonitas. Imagino pessoas trabalhando ao sol, fazendo cimento, erguendo suas paredes, depois imagino famílias vivendo lá, deixando suas memórias presas às paredes daquele lugar que agora só abriga o eco e a lembrança.
Recentemente, uma casa antiga de alguns familiares antigos foi demolida para dar lugar a um estacionamento, minha mãe chorou, me falou justamente o que relatei no parágrafo anterior: pessoas trabalhando, o casal fazendo sua vida, fazendo planos para a tal casa, indo verificar a construção, algum tempo depois, crianças correndo pela casa, o brilho do sol e da lua em seu interior, e coisas assim.
Hoje nada mais existe dessa casa. Algo como a Estrela da Morte, de Guerra nas Estrelas, a destruiu completamente, ficando somente o seu grito abafado na lembrança. Isso realmente faz chorar. É mais ou menos como o que foi relatado em outro filme, Cinema Paradiso, quando toda a história daquela cidade era destruída com a demolição do cinema, também para dar lugar a um estacionamento.
Malditos estacionamentos?
Não! Malditos homens sem memória, sem passado e sem futuro. Sem amor próprio, sem sentimentos e sem medo, sem medo do vazio que irá corroer as suas almas mofadas.
por Michel Macêdo
por Daniel Coriolano
O presidente do Senado é o principal alvo das acusações que mancham essa instituição que, a meu ver, de nada serve ao país [a Câmara dos Deputados já bastaria] o Senado Federal - bem definiu um amigo - mais parece um cemitério de ex-governadores. No entanto, a figura oriunda do PDS (Arena), partido da ditadura, José Sarney, já é bem conhecida de tantos carnavais brasileiros e particularmente maranhenses e não é necessário nem passar pente fino para descobrir poucos bons representantes do povo naquela Casa.
O mau hábito de ficar de orelha em pé quando percebo PSDB e DEM e Folha de São Paulo - resumindo - juntos numa empreitada, por mais que verdadeiras as denuncias envolvendo Sarney, isso me cheira muito mal. O Jornal Folha de São Paulo preserva de críticas o governador de São Paulo, José Serra, virtual candidato a presidência em 2010; não encontra mérito algum no Governo Federal na condução da Política Econômica, preferindo acender velinhas para os 15 anos do Plano Real; serviu à ditadura militar no Brasil e, portanto, nas entrelinhas de sua moral e ética do momento, vislumbra-se outros interesses.
Os fatos sucedem-se. As denúncias vão continuar dirigidas ao mesmo alvo e se o velho Sarney não resistir - e olha que vem resistindo há tempos em que nem usava bigode - quem vai assumir a presidência do Senado é o senador Marconi Perillo do PSDB, ex governador de Goiás e principal denunciante do suposto esquema do mensalão, envolvendo PT e governo. Convenhamos que a 17 meses de uma eleição presidencial, comandar essa Casa é tudo que o PSDB anseia... Hum! Tô começando a entender...
por Cory Matos
Nessa vida nos arrependemos de muitas coisas que fazemos ou deixamos de fazer, no entanto, existem outras que realmente “valem a pena”. O termo citado tem uma origem bastante curiosa, e nos obriga a voltar a atenção para os assassinatos na Grécia Antiga. Por volta do século V, os matadores costumavam dar aos parentes de sua vítima o poiné, uma espécie de indenização ou compensação em dinheiro pela morte do indivíduo. Assim, muitas pessoas inconformadas afirmavam que a poiné (termo que originou a palavra pena) ofertada pelo matador não valia ou compensava a morte do parente, daí o termo não vale a “poiné” ou “pena”.
por Thiago Magno
por Equipe Questio Facti
Embora o mundo esteja atravessando uma grave crise econômica, típica do capitalismo globalizado, o Brasil tem sofrido menos seus efeitos por estar hoje com uma economia mais sólida e, principalmente, um sistema financeiro confiável, com bancos estatais fomentando o crédito, não obstante os bancos privados teimarem em reduzir a oferta com receio da inadimplência que possa surgir, caso o país mergulhe a fundo na crise internacional.
A mídia golpista do nosso país (Veja, Folha de São Paulo, Globo...) estão constantemente masturbando o tema “crise econômica”, transmitindo aos seus leitores ou telespectadores noticiários onde o alarmismo supera a informação, num claro anseio de influenciar a opinião popular para que o índice positivo de avaliação do governo federal seja negativamente influenciado e possa beneficiar o candidato da elite a presidência em 2010.
por Cory Matos
Isto é uma vergonha! E não desespero dos "anti-petistas"...
O zelador de um prédio em Natal/RN, pediu à administração do condomínio onde trabalhava que o demitissem.
Contou o motivo: tem dois cunhados desempregados,lá mesmo em Natal, e que, por conta da Bolsa Escola, Cartão Cidadão, Cartão Alimentação, Vale Gás, Transporte Gratuito, Vale-Refeição (acreditem - Vale-refeição) e demais
benefícios do nosso governo, dadas a título de esmola, vivem melhor que ele.
Aí paramos e fomos fazer umas continhas:
1. Bolsa escola - R$ 175 para cada filho que freqüente as aulas (suponhamos que sejam apenas dois) = R$ 350,00 (em dinheiro);
2. Cartão cidadão (cujo intuito é restituir a cidadania) = R$ 350,00 (em Dinheiro);
3. Vale gás (um por mês) = R$ 70,00;
4. Transporte (calculamos 4 passagens diárias, que é uma boa média) R$8,00/dia x 20 dias = R$ 160,00;
5. Vale refeição (um por dia) R$ 3,50/dia x 30 dias x 4 pessoas (ele a Esposa e os dois filhos) = R$ 420,00;
Total em dinheiro - R$ 700,00
Total em serviços - R$ 650,00
Total mensal - R$ 1.350,00
OBS.1 : O salário do zelador acrescido de horas extras e tudo mais girava em torno de R$ 830,00/mês.
OBS.2: Tudo isso é o estabelecido pela *LEI No 10.836, de 09 DE JANEIRO DE 2004*.
DÚVIDAS???? CONSULTEM:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_A to2004-2006/2004/Lei/L10.836.htm
Como o zelador tem três filhos em idade escolar, para ele é vantajoso ficar desempregado e ter esses benefícios. Seu 'salário desemprego' irá girar em torno de R$ 1.525,00, quase o dobro do que ganha trabalhando.
Como diria o Boris Casoy (expurgado da TV por se opor ao Lula): 'ISTO É UMA VERGONHA!'. Viver única e exclusivamente de uma politica assistencialista, que não dispõe educação, segurança, infra-estrutura e saúde de qualidade à população (como exemplo poderíamos citar a falta de medicamentos nos postos de saúde de JUAZEIRO DO NORTE-CE, a qual é administrada por um prefeito do PT), é correto???? E sabe quem paga por isso??? 'NÓS', que damos um duro danado e passamos restrições que só nós sabemos! Distribuir a renda,correto, mas isso é ESMOLA em exagero.
Porque você acha que o Nordeste em peso votou no Lula?
Para começar, ninguém em sã consciência pediria para ser demitido motivado por falsas esperanças; por alguém dizer da possibilidade de conseguir benefícios com programas federais como os citados pela “piada”. Imagine trocar o certo pelo duvidoso tendo uma família para sustentar!
Programas incluídos no Bolsa Família objetivam a transferência de renda e não “esmola” com muitos insistem em classificar. Os programas buscam resgatar uma dívida histórica. Nosso país desde seus primórdios manteve bem claro e evidente a relação dominante/dominado. Já começamos mal por sermos colônia de exploração. Até a Lei Área em 1888, éramos o único país do mundo ocidental a manter na legislação a possibilidade escravista. Sem esquecer a existência dos latifúndios que restringem o acesso a terra cultivável e delimitam as classes abastardas no país há séculos. Tudo isto gerou e gera uma massa de miserável sem possibilidade de acesso a educação, alimentação ou moradia produzindo discrepância entre as classes sociais. É ai que a palavra “esmola” perde seu sentido.
Pense! Suponhamos que as três gerações que antecederam a sua existência pertencessem à classe de miseráveis. Como você poderia dar uma reviravolta e ter acesso à educação e principalmente ter dignidade sem a mãozinha do governo? Pois a ele pertence a responsabilidade de zelar pelo seu povo. O apoio a estes programas vem de todas as partes, basta está atento. O ex-presidente FHC implantou o Bolsa Escola que beneficiou 4 milhões de famílias. O presidente LULA criou o Bolsa Família que hoje beneficia 11,4 milhões de família com valores que variam entre R$ 20 e R$182.
O reflexo da importância dos programas vem através de pesquisas realizadas pela FGV – Fundação Getúlio Vargas, que mostram redução considerável no número de miseráveis no Brasil. Em 1992 35,16% da população brasileira pertenciam a classe de miseráveis, em 2006 o Brasil atinge pela primeira vez desde aquele ano uma taxa inferior a 20%. Foi constatado também que a desigualdade entre as classes diminuiu, “a renda dos 10% mais pobres subiu 57,4% e a dos 10% mais ricos aumentou quase 10 vezes menos, 6,8%”.
O texto a que este responde diz em seu primeiro tópico: “Bolsa escola - R$ 175 para cada filho que freqüente as aulas (suponhamos que sejam apenas dois) = R$ 350,00 (em dinheiro)” MENTIRA! O programa Bolsa Escola, criado em 1995 pelo então governador do Distrito Federal, Cristovam Buarque, foi implementado em caráter nacional em 2001 no penúltimo ano do segundo mandato de FHC. O benefício de R$15 era direcionado para famílias com renda máxima de R$90 per capita para até 3 filhos que freqüentassem no mínimo 75% das aulas sendo que no total o benefício não ultrapassava R$45. Hoje o programa inclui-se no PBF – Programa Bolsa Família (“O processo de migração gradativa dos beneficiários dos programas remanescentes Auxílio-gás, Bolsa Escola, Cartão Alimentação, Bolsa Alimentação e PETI – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, inscritos no Cadastro Único, encontra-se em fase de finalização.”). O PBF distribui no máximo R$182 para famílias com renda per capita até R$60 e para famílias cujas rendas per capita encontrem-se entre R$60 e R$120 o benéfico chega até R$60(R$20 para cada filho sendo no máximo 3 beneficiados) e não R$175 para cada filho!
Segundo tópico: “Cartão cidadão (cujo intuito é restituir a cidadania) = R$ 350,00 (em Dinheiro)”. Nada a ver... Mais uma MENTIRA! O Cartão Cidadão é fornecido pelo banco CAIXA com o intuito realizar saques dos benefícios, tanto trabalhistas quanto sociais. Não dá R$1 a ninguém, quanto mais R$350. Sabe a que se destina? “Consultar saldo e extrato do FGTS, bem como saldo de quotas do PIS; Efetuar saque da conta vinculada ao FGTS; Receber se tiver direito, benefícios referentes aos programas de transferência de renda, abono salarial, rendimentos do PIS e seguro-desemprego; Consultar saldo e extrato dos recursos do FGTS.”
Mais uma MENTIRA, “Vale gás (um por mês) = R$ 70,00”. Criado por FHC. Fornecia R$15 bimestralmente para 8,4 milhões de brasileiros. Este vale não existe mais desde 31 de dezembro de 2008!
Quarto tópico: “Transporte (calculamos 4 passagens diárias, que é uma boa média) R$8,00/dia x 20 dias = R$ 160,00”. Não tem o que falar aqui. O tópico não afirma nada.
Quinto: “Vale refeição (um por dia) R$ 3,50/dia x 30 dias x 4 pessoas (ele a Esposa e os dois filhos) = R$ 420,00”. Deve ser MENTIRA também... Não encontrei nenhuma citação oficial quanto à existência deste vale.
O texto também diz: “Tudo isso é o estabelecido pela LEI No 10.836, de 09 DE JANEIRO DE 2004”. Estranho! Não encontrei nada disso. Entre e procure... http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_A to2004-2006/2004/Lei/L10.836.htm. Há apenas o que já relatei acima. Delimitações das famílias que podem ser beneficiadas, valores dos benefícios etc. Nada compatível com “Total mensal - R$ 1.350,00” como afirma o indivíduo que escreveu o texto.
Quem escreveu deve está com o nariz crescido. “Isto é uma vergonha!” Confundir programas que visam a ascensão da sociedade com assistencialismo.
Sim... E quem foi que disse que Boris Casoy saiu da TV? Até onde eu ele apresenta o Jornal da Noite na band. Mas eu não recomendo!
Por fim: “Porque você acha que o Nordeste em peso votou no Lula?” Para o primeiro mandato disputado com José Serra, Lula não o venceu apenas em Alagoas. “Em São Paulo, maior colégio eleitoral do país, o petista teve 55,39% dos votos contra 44,61% do tucano. Em Minas, o segundo colégio eleitoral, Lula obteve 66,45% e Serra, 33,55%.”. Para a reeleição, Lula ficou na frente em 20 estados. “No primeiro turno, Alckmin obteve dos paulistas 3.835.935 votos à frente de Lula. Alckmin conseguiu a proeza de ter menos votos no segundo turno do que no primeiro.” Lula venceu na maior parte do país.
Hoje Lula tem o apoio da maioria no Sudeste com 57% de aprovação e não são apenas analfabetos, 55% dos brasileiros com curso superior consideravam seu governo ótimo/bom. Entre os mais ricos também; 57% dos que vivem em famílias que ganham R$ 4.150, ou mais, por mês aprovam seu governo. Portanto não apenas o “nordeste em peso” é o Brasil em peso.
No mais, o zelador fictício que pediu demissão, perdeu um ótimo trabalho!
por Daniel Coriolano
Fontes:
- http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2009/4/17/mais-1-3-milhao-no-bolsa-familia
- http://www.cinform.com.br/noticias/1505
- http://www1.caixa.gov.br/gov/gov_social/estadual/distribuicao_servicos_cidadao/bolsa_familia/saiba_mais.asp
- http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u416046.shtml
- http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u45540.shtml
- http://www.caixa.gov.br/fgts/cartao_cidadao.asp
- http://www.ar.terra.com/tecnologia/interna/0,,OI1219639-EI6651,00.html
- http://www.dm.com.br/impresso/7669/esportes/49225,a_popularidade_de_lula
Do trabalhar na plantação ao brincar na infância
Ensinamentos, experiências, aprendizado
Na doce lembrança contada com orgulho e sem premência
Assim a vida caminha, no ritmo do pôr-do-sol
Sentado a calçada o tempo vai como o vento
Beleza, amor, alegria
Há na moça que passa
Saudade, doçura, simplicidade
No olhar de quem fica
Desde a pré-história, o homem se mostrou um observador, através das pinturas ele tornou a sua realidade imortal, preservada para sempre.
A fotografia tem esse poder, nos tornar imortal.
É como se antes dela, as pessoas não tivessem realmente existido, não houve um, digamos, registro histórico, as pinturas fizeram isso um pouco, mas a fotografia em si, tem realmente esse poder, ela capta um momento e uma realidade e guarda tudo aquilo para sempre. Tem também o poder de nos refrescar a memória, às vezes, olhando fotos antigas, chegamos a chorar e nos transportar para um momento que talvez tivesse ficado esquecido se não fosse aquela simples fotografia.
Tenho pena das pessoas que viveram antes da fotografia, é como se não tivessem realmente existido mesmo, mesmo lendo alguma passagem histórica importante, é como se existisse uma enorme lacuna quando não nos são apresentadas fotos.
Outro dia houve uma certa repercussão em torno de uma história de que Beethoven era negro (?!?!), em termos de sua genialidade, nada muda, mas em termos de arquivamento em nosso cérebro, mesmo fugindo de certos preconceitos, isso iria mudar bastante, nosso ponto de vista visual seria profundamente afetado diante desse novo fato.
A imagem de Jesus Cristo é um fato que faz disso uma realidade. Ninguém aceitaria a imagem de um Deus Salvador feio, mesmo ele sendo descendente do povo judeu (que é muito fora dos nossos padrões), Jesus teria e terá sempre que ter os padrões de beleza vigentes na sociedade a que serve.
Bendita seja a fotografia que me imortaliza, que me faz viver todos os meus personagens das minhas várias personalidades de forma real e agente da sociedade. Deus te abençoe!!!
por Michel Macêdo
Foto: Daniel Fidelis
O relatório já está surtindo efeito, vi em diversos jornais as medidas judiciais implementadas no sentido contrário a esta prática criminosa.
Como se não bastasse o atentado contra o planeta, os interesses envolvidos na criação de gado contemplam homicídios e invasão de terras indígenas. Mais dois grandes motivos para nos rebelar.
Tenho percebido que questões ambientais ocupam apenas seus minutos de fama, mas não sensibilizam tanto a sociedade. Não sabemos ainda como nos manifestar contra, ou não contribuir para a destruição da Terra. O tema parece já está muito "batido", assim esquecemos fácil dele. Mesmo a natureza enviando suas mensagens através da bagunça climática; temporais, tsunamis, desmoronamentos...
O Greenpeace parece uma organização séria, sendo assim imagino que seja de bom tom contribuir um pouco repassando seus chamados e ações. Reproduzo abaixo um bom conselho. Seguindo estaremos atuando pela coletividade, mais do que imaginamos. Vai também a lista negra.
por Daniel Coriolano
» Informe-se sobre a campanha do Greenpeace e compartilhe as informações com seus familiares e amigos.
» Pergunte sempre a origem dos produtos pecuários que você compra. Diga ao vendedor que você está preocupado com a proteção da Amazônia e não quer estar envolvido com o desmatamento da floresta.
» Encha o SAC das empresas brasileiras de pecuária e diga que você não quer consumir produtos que podem estar destruindo a floresta:
- Bertin - (14) 3533-2000
- JBS - 0800 115057
- Marfrig - (11) 4422-7200
- Independência - (11) 4447-7000
- Pressione o governo brasileiro a adotar o Desmatamento Zero. Assine nossa petição!
Nossas evidências ligam a cadeia contaminada de produtos amazônicos aos fornecedores de muitas marcas reconhecidas mundialmente, incluindo uma longa lista das chamadas empresas ‘Blue Chip’ (‘ações de primeira linha’): Adidas, BMW, Carrefour, EuroStar, Ford, Honda, Gucci, IKEA, Kraft, Nike, Tesco, Toyota, Wal-Mart. O setor público também está envolvido: nossas descobertas ligam a cadeia contaminada a fornecedores do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) e a fornecedores no Oriente Médio, cujos clientes incluem as forças militares britânica, holandesa, italiana, espanhola e norte-americana.
Por coincidência, ano passado publicamos um poema com quase o mesmo nome no Joaseiro.com. Vejam só:
As calçadas de Juazeiro
Célia Morais
Ai que saudades que eu tenho
Das calçadas de Juazeiro
Quando eu era bem pequena
E brincava o dia inteiro
Nas calçadas de tijolo
Sempre eu chegava primeiro
Eram calçadas tão largas
Mais pareciam uma pista
Andava de bicicleta, patinete e patins
As da Rua Padre Cícero
Eram lindas de morrer
E nas Malvas nem se fala
Pois foi lá onde eu morei
Calçadas também escutavam
Histórias de assombração
Depois vinham as brincadeiras
Camaleão olha o rabo dele
Noites passam depressa
Não tinha televisão
Passou-se o tempo e eu passei
A ver o que não queria
A ver o que aconteceu
E acho que não gostei
Calçadas de Juazeiro
Não tem mais, desapareceu
Tem calçada que sobe
Tem calçada que desce
De repente ela encurta
De repente ela cresce
E nesse vai e vem
A coluna é que padece
Você acha isso certo?
Você acha isso bom?
Ver o povo na rua
Pois calçada não tem
E já se perguntou
Porque isso acontece
Só encontra a resposta
Quem dirige um transporte
Você acha isso grosseiro?
Falta de educação?
Pois isso só acontece
Pra quem mora em juazeiro
E é coisa sem solução
Eita terrinha sem lei
Terrinha sem urbanismo
Aqui não dá para cantar
“Se essa rua fosse minha…”
Pois se você for tentar
Você cai é num abismo
Uma coisa vou lhe dizer
É uma pena que seja assim
Pois eu amo essa terrinha
Terrinha do meu Padim
E tomo a liberdade
De achar isso ruim
Com calçada ou sem calçada
Vou ficando por aqui
Estou beirando os setenta
Não ando mais de patins
Pra que calçada tão grande
Pra que calçada sem fim.
http://joaseiro.com/2008/07/21/as-calcadas-de-juazeiro/