O "messias" do século XXI
sábado, março 28, 2009 | Author:
Os norte-americanos e algumas nações mundiais iniciaram o ano de 2009 acreditando na chegada de um novo messias. Compreenda o fenômeno político Obama.

O passado histórico nos faz lembrar que a humanidade sempre passou por graves momentos de crises econômicas, políticas e sociais. As respostas dadas a estas dificuldades, variaram no tempo e no espaço, adequando-se à realidade cultural de cada povo.

Na atualidade, estamos vivendo mais um desses momentos, típico de início de século, onde os homens, sob a ameaça de um futuro catastrófico, rendem-se ao acaso político e esperam a vinda do “grande salvador”.

Os norte-americanos e algumas nações mundiais, iniciaram o ano de 2009 acreditando que ele chegou. Um homem que, com seu carisma e devoção pela pátria, conseguirá guiá-los em direção ao progresso e liberdade, afastando do planeta todo e qualquer perigo em potencial, uma espécie de messias do século XXI, Barack Hussein Obama.

O seu sobrenome lembra os dois maiores inimigos dos Estados Unidos da América (Saddam Hussein e Osama Bin Laden, que ironia, não?), mas isso não o impediu de tornar-se o 44º presidente da mais poderosa nação do planeta. De origens africanas, não segue o estereótipo dos anteriores heróis americanos, mas talvez seja essa uma das razões do seu sucesso. Dentro dessa realidade, são pertinentes alguns questionamentos: como compreender esse “fenômeno político” denominado por alguns de Obamismo? Ele conseguirá corresponder às expectativas, ou se tornará a decepção do século?

Claro que a razão não pode dar respostas precisas a estas indagações, mas isto não nos impede de buscar entender a realidade que estamos vivendo. Comecemos analisando a crise econômica atual vivenciada inicialmente pelos EUA, mas que já atinge todo o globo. É uma crise que traz na memória o ano de 1929, um ano desesperador para qualquer cidadão norte-americano, que vivia nessa época o maior desastre econômico da idade contemporânea. Só para lembrar, 4 mil bancos faliram e 14 milhões de pessoas perderam seus empregos somente naquele país. Todos temem a repetição deste acontecimento, e o medo que se alastra, os tornam vulneráveis aos diversos interesses políticos em jogo.

Somado a isso podemos dizer que o péssimo desempenho do ex-presidente George W. Bush, já considerado o pior que o país escolheu, trouxe insegurança e desespero, criando uma órbita de enfraquecimento nacional diante das demais potências. Fatos como a guerra do Iraque, onde não se consegue vencer ou o maior crescimento econômico de outros países como a China, atestam essa realidade. Vivendo tudo isso, era como se o país estivesse órfão de presidente, carente de heróis, em busca de alguém que resgatasse os grandes feitos do passado e desse continuidade ao destino manifesto da nação.

São nesses momentos de medo, angústia, decepção e vulnerabilidade que o discurso da mudança encontra terreno fértil, que as transformações são bem vindas. Assim, no presente momento, nada de republicanos conservadores, seria preciso guiar-se pela visão futurista dos democratas, nada de heróis estereotipados, era preciso mudar o perfil do novo líder.

Somente assim podemos entender como um negro tornou-se o “homem mais poderoso do mundo”, e mais que isso, tornou-se o depositário de uma confiança internacional inédita, salvador da pátria, esperanças das nações pobres, o “messias do século XXI”.

por Thiago Magno

O que é a liberdade
quinta-feira, março 26, 2009 | Author:
A liberdade é o mais belo direito, dever, meio e fim que pode ser alcançado tanto por um indivíduo quanto por uma nação. Pena que muitos não pensam (pensaram) assim, como mostram todas explorações, submissões, dominações e espoliações que ocorreram e também as que ainda ocorrem, tanto de homem para homem como de nação para nação.

Para discutir a não existência da liberdade atualmente no Brasil é preciso defini-la. Nas palavras do teórico e prático anarquista Mikhail Bakunin "(...)A liberdade é o direito absoluto de todo homem ou mulher maiores de só procurar na própria consciência e na própria razão as sanções para seus atos, de determiná-los apenas por sua própria vontade(...)" Da passagem anterior decorre que a liberdade de cada indivíduo é ilimitada e que a escravidão de um representa um insulto à liberdade de todos, ou seja, um homem só é verdadeiramente livre se o mesmo ocorre com seus semelhantes.

Como corolário das reflexões anteriores concluímos que, atualmente, não há liberdade no Brasil, ao contrário do que afirmam os ingênuos e os enganadores. Uma das principais causas da inexistência da liberdade é a presença do Estado burguês como regulador da vida social, este representa apenas os interesses da própria burguesia, sendo sempre justo demais com os exploradores e injusto demais com os explorados, por demais maleável com os dominadores e excessivamente inflexível e burocrático com os dominados sob a justificativa de que representa o povo. Aos defensores deste tipo de Estado uma pergunta: quem melhor para representar o povo que o próprio povo? Daí observa-se a completa inutilidade e ineficiência do Estado burguês. Outra causa da alienação da liberdade é a simples existência das igrejas, como fontes de resignação espiritual e dominação ideológica, e o imenso e demasiado poder conferido à essas asquerosas instituições, fundadas no individualismo e na cobiça, que já causaram e continuam causando tanto mal à humanidade. Sobre os dois temas acima Bakunin escreveu: "Como nenhuma abstração existe por si mesma, nem para si mesma, como não tem pernas para caminhar, nem braços para criar, nem estômago para digerir esta massa de vítimas que lhe dão para devorar, está claro que assim como a abstração religiosa ou celeste, Deus, representa na realidade os interesses muito positivos, muito reais de uma casta privilegiada, o clero, seu complemento terrestre, a abstração política, o Estado, representa os interesses não menos positivos e reais da classe hoje principalmente, senão exclusivamente, espoliadora e que além disso tende a englobar todas as outras, a burguesia”.Outras formas de escravidão são a dominação pela mídia e toda dominação ideológica em geral, que tem como base o discurso hegemônico e seu principal produto: a globalização, mas suas formas de atuação já são bastante discutida nos textos do jornal, tornando inútil uma nova explanação.

Afim de conquistar a nossa liberdade, urge reconstruir nossa nação, tendo como base a solidariedade, a heterogeneidade e a multiplicidade de valores e como único fim a liberdade dos povos. A reconstrução, visto que é feita pelo homem e para o homem, deve excluir qualquer divindade extra-mundial, onipresente, onipotente e onisciente e deve ser feita de baixo para cima, isto é, com a participação das massas.

Se você discorda totalmente das idéias expostas acima e não é milionário, explorador ou algo parecido, sugiro que procure uma clínica para tratar-se do masoquismo. Nenhum assunto exposto acima é questão subjetiva, a história mostrará quem está certo e quem está errado. Por último tenho uma pergunta e uma frase para aqueles que consideram o jornal demasiado repetitivo: vocês não acham o mesmo das suas novelas e telejornais, diariamente expostos na mídia grande.

"O diagnóstico é o mesmo porque a doença ainda é a mesma” (Luis Fernando Veríssimo). Enquanto a sociedade não mudar, nossas críticas também não mudarão.

por Rodrigo Bezerra de Matos

Fernando Rodrigues: "anatomia de uma operação abafa"
quarta-feira, março 25, 2009 | Author:


Em vídeo animado, o colunista do UOL fala sobre a novela em que se transformou o caso do deputado do castelo; o parlamentar mineiro Edmar Moreira (sem partido) é acusado de usar R$ 140 mil de sua verba indenizatória para pagar serviços de segurança a empresas de sua propriedade.


Fonte: UOL Notícias

Nós vencemos
quarta-feira, março 25, 2009 | Author:
Foi uma pequena vitória, mas não deixa de ser uma vitória. A TV Câmara devolveu o link do programa Comitê de Imprensa, com os jornalistas Jailton de Carvalho e Leandro Fortes.

Estou certo de que isso aconteceu por causa da mobilização de internautas. É só olhar o vídeo que subi no You Tube com a entrevista: a primeira parte já foi assistida por mais de 8 mil pessoas!

Vários de vocês escreveram para deputados e senadores protestando. Viu só, como dá resultado?

Aproveitando o embalo vocês também podem pedir:

-- Que eles não usem dinheiro público para promover a defesa de interesses privados, no processo desmoralizando autoridades e instituições públicas como a Polícia Federal e a ABIN.

-- Que eles deixem de nos assaltar diariamente, com as tais "diretorias" e outras safadezas bancadas com dinheiro do contribuinte.

-- Que se apure quem foi que promoveu censura à informação em nome do interesse privado do presidente do STF, Gilmar Mendes, que deveria ser o primeiro a zelar pela Constituição. Se comprovado o envolvimento de Gilmar na censura, o episódio não poderia servir de base para que se peça o impeachment dele como juiz do STF? E que se peça o impeachment, também, de quem aceitou fazer o servicinho sujo. Estou certo de que nós não vamos perder nada.

Vocês notaram como a mídia corporativa se calou completamente sobre o episódio? Depois dizem que defendem a liberdade de imprensa e de expressão...


FONTE: vi o mundo
postado por Sandro Leonel
O anseio primeiro
terça-feira, março 24, 2009 | Author:


O anseio primeiro foi falar nas flores e seus perfumes
Que andavam no ar sem escolher a quem se oferecer,
Depois surgiu o desejo incontido de contemplar o lume
Das estrelas, deixando em versos o entardecer.

O anseio primeiro foi desvendar os olhos de saudades
De um não sei quê a bolir nos recônditos da alma
Com pensamentos e sonhos, tropeços da realidade,
Em meio a um vendaval sem fim que não se acalma.

Mas o anseio perdeu-se ante a urgência de dramas
De uma sociedade a mercê dos meandros de tramas
De políticos, empresários inescrupulosos e doleiros.

Havia o pulsar poético a desafiar a folha branca
Mas os problemas sociais e humanos que espantam
Conseguiu sufocar toda inspiração do anseio primeiro.

por Cory Matos
Profissões II - O DJ
terça-feira, março 24, 2009 | Author:
DJ. Você sabia que isso é, digamos, uma profissão? E das mais respeitadas no gueto da juventude?

Eu nunca entendi muito bem isso. Há muito tempo atrás, acho que quando ouvi essa palavra pela primeira vez, DJ era o apresentador de um programa de rádio muito badalado que tocava as músicas da hora.

Hoje em dia, eu realmente não sei bem o que é isso. Só sei que vez por outra sou apresentado a alguém que se diz DJ e faz todo mundo fazer aquele coro de óóóóó!!!!! Daí, mesmo sem falar nada, fica sendo o assunto da hora.

Quando morei em Fortaleza, conheci dois caras que eram DJ, um inclusive, costumava ir aos shows da minha banda antes de ir morar lá. Eles trabalhavam numa badalada casa noturna, um deles costumava botar músicas de rock nacional da década de 80, tipo Ultraje a Rigor, Barão Vermelho, RPM, etc. e o outro, como era alemão, coisas desconhecidas com muito TUJ TUJ (música eletrônica).

Eu sempre entrava de graça quando eles estavam lá. Não sei se chegavam a ganhar algum dinheiro, ou mesmo ter carteira assinada como DJ, o certo é que, na verdade, hoje em dia DJ é aquele cara que leva um monte de cds para tocar na festa.

Ontem mesmo, numa festa particular com uma turma, fui apresentado a um DJ, foi a glória quando ele chegou com uma caixa de cds, maior bajulação, e olha que até então só estavam tocando músicas legais. Daí ele se apossou do som, fez cara de quem estava desarmando uma bomba, e rolou Mutantes, Velvet Underground, Led Zeppelin, músicas famosas dos anos 80 e por aí vai.

Foi aí que eu notei que eu tenho tudo aquilo que estava rolando, mas se eu estivesse lá colocando o som iriam dizer que sou um cara radical, que só gosto de rock, que botasse algo mais acessível, etc.

Dá pra entender? Eu ainda não entendi bem: DJ é um cara cheio de discos que controla o som, mas, eu controlando o som não seria um DJ. Onde é que tiro a minha carteirinha de DJ? E quanto eu vou ganhar com isso? Será que eu sou um DJ e ainda não sei? Ou pior, por que é que ninguém sabe que eu sou um DJ? Acho que eu nunca vou ganhar nada com isso.

por Michel Macêdo

Tirar o cinto?
sábado, março 21, 2009 | Author:

Por favor, o senhor pode tirar o cinto? Que solicitação mais constrangedora! Vocês podem concordar. Eu estava na sala de embarque do aeroporto de Juazeiro nesta última sexta-feira, sendo assim tive que me submeter ao detector de metais. Bagagem de mão, relógio e algumas moedas na esteira de detecção e eu em um portal com detector de metais.. Imaginei que após deixar tudo que havia em minha posse na esteira não passaria por transtornos. Engano inocente! Depois de algumas idas e vindas pelo dito portal ele insistia em apitar "Não estou armado, garanto!", disse para senhorita responsável pela inspeção. Ela: - Está de cinto que tenha metal? Por favor, o senhor pode tirar o cinto? É, realmente havia algumas peças de metal em meu cinto, mas não havia julgado que isto poderia complicar o início de minha viagem. Muito estranho, engraçado e constrangedor o pedido! Não pude conter o riso que veio à tona. Mas tive que atender a solicitação. Afinal quem sou eu?! Um simples passageiro submetido às ordens da ANAC e da educada senhorita.

por Daniel Coriolano

Quem é verdadeiramente o Sr. Gilmar Mendes
sexta-feira, março 20, 2009 | Author:

Jornalista da revista Carta Capital denuncia que programa da TV Câmara que tratava das supostas revelações contidas no computador apreendido pela Polícia Federal na casa do delegado Protógenes Queiroz, referentes à Operação Satiagraha, foi retirado da página da TV a pedido do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Leandro Fortes escreveu carta dirigida a jornalistas brasileiros relatando o caso e protestando contra a censura.O jornalista Leandro Fortes, da revista Carta Capital, escreveu uma carta aberta aos jornalistas brasileiros denunciando a prática de censura por parte do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Segue a íntegra da carta e um dos trechos do programa, disponível no Youtube:

"No dia 11 de março de 2009, fui convidado pelo jornalista Paulo José Cunha, da TV Câmara, para participar do programa intitulado Comitê de Imprensa, um espaço reconhecidamente plural de discussão da imprensa dentro do Congresso Nacional. A meu lado estava, também convidado, o jornalista Jailton de Carvalho, da sucursal de Brasília de O Globo. O tema do programa, naquele dia, era a reportagem da revista Veja, do fim de semana anterior, com as supostas e “aterradoras” revelações contidas no notebook apreendido pela Polícia Federal na casa do delegado Protógenes Queiroz, referentes à Operação Satiagraha.Eu, assim como Jailton, já havia participado outras vezes do Comitê de Imprensa, sempre a convite, para tratar de assuntos os mais diversos relativos ao comportamento e à rotina da imprensa em Brasília. Vale dizer que Jailton e eu somos repórteres veteranos na cobertura de assuntos de Polícia Federal, em todo o país. Razão pela qual, inclusive, o jornalista Paulo José Cunha nos convidou a participar do programa.

Nesta carta, contudo, falo somente por mim.Durante a gravação, aliás, em ambiente muito bem humorado e de absoluta liberdade de expressão, como cabe a um encontro entre velhos amigos jornalistas, discutimos abertamente questões relativas à Operação Satiagraha, à CPI das Escutas Telefônicas Ilegais, às ações contra Protógenes Queiroz e, é claro, ao grampo telefônico – de áudio nunca revelado – envolvendo o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás. Em particular, discordei da tese de contaminação da Satiagraha por conta da participação de agentes da Abin e citei o fato de estar sendo processado por Gilmar Mendes por ter denunciado, nas páginas da revista Carta Capital, os muitos negócios nebulosos que envolvem o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), de propriedade do ministro, farto de contratos sem licitação firmados com órgãos públicos e construído com recursos do Banco do Brasil sobre um terreno comprado ao governo do Distrito Federal, à época do governador Joaquim Roriz, com 80% de desconto. Terminada a gravação, o programa foi colocado no ar, dentro de uma grade de programação pré-agendada, ao mesmo tempo em que foi disponibilizado na internet, na página eletrônica da TV Câmara. Lá, qualquer cidadão pode acessar e ver os debates, como cabe a um serviço público e democrático ligado ao Parlamento brasileiro. O debate daquele dia, realmente, rendeu audiência, tanto que acabou sendo reproduzido em muitos sites da blogosfera.

Qual foi minha surpresa ao ser informado por alguns colegas, na quarta-feira passada, dia 18 de março, exatamente quando completei 43 anos (23 dos quais dedicados ao jornalismo), que o link para o programa havia sido retirado da internet, sem que me fosse dada nenhuma explicação. Aliás, nem a mim, nem aos contribuintes e cidadãos brasileiros. Apurar o evento, contudo, não foi muito difícil: irritado com o teor do programa, o ministro Gilmar Mendes telefonou ao presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, do PMDB de São Paulo, e pediu a retirada do conteúdo da página da internet e a suspensão da veiculação na grade da TV Câmara. O pedido de Mendes foi prontamente atendido.Sem levar em conta o ridículo da situação (o programa já havia sido veiculado seis vezes pela TV Câmara, além de visto e baixado por milhares de internautas), esse episódio revela um estado de coisas que transcende, a meu ver, a discussão pura e simples dos limites de atuação do ministro Gilmar Mendes. Diante desta submissão inexplicável do presidente da Câmara dos Deputados e, por extensão, do Poder Legislativo, às vontades do presidente do STF, cabe a todos nós, jornalistas, refletir sobre os nossos próprios limites. Na semana passada, diante de um questionamento feito por um jornalista do Acre sobre a posição contrária do ministro em relação ao MST, Mendes voltou-se furioso para o repórter e disparou: “Tome cuidado ao fazer esse tipo de pergunta”. Como assim? Que perguntas podem ser feitas ao ministro Gilmar Mendes? Até onde, nós, jornalistas, vamos deixar essa situação chegar sem nos pronunciarmos, em termos coletivos, sobre esse crescente cerco às liberdades individuais e de imprensa patrocinados pelo chefe do Poder Judiciário? Onde estão a Fenaj, e ABI e os sindicatos?

Apelo, portanto, que as entidades de classe dos jornalistas, em todo o país, tomem uma posição clara sobre essa situação e, como primeiro movimento, cobrem da Câmara dos Deputados e da TV Câmara uma satisfação sobre esse inusitado ato de censura que fere os direitos de expressão de jornalistas e, tão grave quanto, de acesso a informação pública, por parte dos cidadãos. As eventuais disputas editoriais, acirradas aqui e ali, entre os veículos de comunicação brasileiros não pode servir de obstáculo para a exposição pública de nossa indignação conjunta contra essa atitude execrável levada a cabo dentro do Congresso Nacional, com a aquiescência do presidente da Câmara dos Deputados e da diretoria da TV Câmara que, acredito, seja formada por jornalistas.

Sem mais, faço valer aqui minha posição de total defesa do direito de informar e ser informado sem a ingerência de forças do obscurantismo político brasileiro, apoiadas por quem deveria, por dever de ofício, nos defender.

Leandro Fortes Jornalista Brasília, 19 de março de 2009







Foram enviadas cópias desta carta para Sérgio Murillo de Andrade, presidente da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj); Maurício Azedo, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI); e Romário Schettino, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF)

Devemos ficar mais atentos com a forma que este Ministro do Supremo atua. “Só falta agora ele querer calar a sociedade brasileira com seu pedantismo.”


por Sandro Leonel


O Cariri e seu Meio
quinta-feira, março 19, 2009 | Author:

Quando as autoridades do Cariri vão preocupar-se com o ambiente caririense, pois este vem sendo agredido constantemente. A poluição visual, sonora, e de rios e mananciais é inaceitável.

Visualizar a arquitetura ou qualquer outra coisa nas ruas Dr. João Pessoa(Crato) e São Pedro(Juazeiro), é impossível pois há um número injustificado de placas grandiosas tomando conta de todo o espaço. Até parece que os comerciantes estão participando de um concurso, onde a com design mais duvidoso vence.

Os decibéis emitidos pelos veículos de publicidade perturbam escolas,hospitais,universidades,transeuntes e moradores, por onde eles trafegam. Por outro lado temos os proprietários de automóveis que têm “síndrome de trio-elétrico” que despejam toneladas de sons,sem ter nenhum respeito com o direito do povo. Estes equipam seus carros com sons que mais parece pequenos trio-elétricos.Emitindo ruídos que mais incomodam do que agradam. Além do mais a população não é obrigada a ouvir o que convém a eles. Os ambientes de lazer do Crato, Barbalha e Juazeiro são invadidos por estes mediocres inescrupulosos que não respeitam escolas, hospitais e muito menos os moradores.

E o saneamento básico? Onde existe é falho e na maior parte das cidades caririenses inexiste. Tornando-se o principal agente causador de enfermidades dos séculos XVIII e XIX e que insistem em permanecer em nossa região em pleno século XXI.Os rios Granjeiro, Salgado e Salamanca recebem esgotos domésticos e industriais sem nenhum tratamento.Enquanto isso nós pobres mortais pagamos contas absurdas de uma água que jamais foi ou é tratada e sim adicionada cloro.Os mananciais nos últimos anos diminuíram suas vazões, pois o desmatamento desenfreado no topo da Chapada do Araripe e na encosta só aumentaram,causando a diminuição do número de manadeiras.

Tudo o que acontece hoje nas regiões do mundo, é determinado por condutores cada vez mais situados fora dele. É esse período globalista que nos proporciona isto. Cabe as autoridades da nossa região normatizar e punir verdadeiramente os infratores, pois estes acontecimentos acima mencionados tem a ver com a nossa região, não dependendo de nada fora dela. As ações devem ser cotidianas e não esporádicas.

Criar formas alternativas de convivência é um exercício necessário à nossa liberdade, uma prática política fundamental. É do novo que se faz o presente:não há por que esperar, as nossas necessidades precisam ser saciadas agora. Amanhã elas serão outras.

por prof. Sandro Leonel

Ato Público
terça-feira, março 10, 2009 | Author:
O Jornal Folha de São Paulo publicou em 17 de fevereiro o editorial “Limites a Chávez”, emitindo críticas a realização do plebiscito venezuelano que concedeu ao presidente Hugo Chávez, a possibilidade de concorrer a reeleições de forma ilimitada. Emitir opiniões, fazer críticas faz parte da democracia e o texto não traria nenhuma surpresa, apenas coerência com a sua linha midiática.

O editorial, no entanto, não se limitou a fazer as críticas citadas, criou um neologismo “ditabranda”, inoportuno, extremamente imoral, para rotular como teria sido a ditadura brasileira que assolou o país no período 1964 -1985. Insinuando que a ditadura militar neste país teria sido amena em comparação com o que ocorreu em outros países.

Em repúdio ao termo utilizado, numa tentativa maléfica de revisão histórica, ocorreram várias manifestações em textos que circularam na internet em blogs e alguns e-mails enviados ao Painel do Leitor do próprio jornal. Protestaram contra o neologismo intelectuais brasileiros como a professora Maria Victória Benevides e o professor Fábio Konder Comparato, que o jornal tratou de insultá-los de cínicos e mentirosos.

Diante dos fatos, o Movimento dos Sem Mídia, convocou uma manifestação de repúdio ao Jornal Folha de São Paulo, que foi realizada no último sábado (07/03), mobilizando mais de trezentos manifestantes em frente à sede do jornal, em São Paulo, onde os presentes assinaram um manifesto de repudio a ameaça de revisão histórica perpetrada por essa mídia a serviço de uma elite que apoiou e contribuiu com a ditadura naqueles anos de chumbo.

A Organização Não Governamental Movimento dos Sem Mídia salientou o apoio recebido por familiares de vítimas da ditadura, que estiveram presentes, ao ato bem como várias organizações de diversas classes e movimentos como Sindicato dos Bancários, Sindicato dos Metroviários, Rede Social de Justiça e Direitos Humanos, CUT, TV Brasil, Une, Revista Caros Amigos, Revista Fórum, União da Mulher de SP, Ministério da Justiça - Comissão de Anistia entre outros apoios.

A grande mídia, evidentemente, ignorou o movimento, mas, felizmente, a informação tem outros meios de difusão e esse ato público democrático mostra que as pessoas de bem nunca estarão inertes ante os ataques da elite conservadora, lembrando então Martin Luther King que alertava: “O que me preocupa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos bons”.

Cory Matos
Crato 09 de março 2009
Senegal Folk Festival
domingo, março 01, 2009 | Author:
Jefferson Gonçalves & Kleber Dias no Senegal Folk Festival

Recentemente fiz uma tour no Senegal e posso dizer sem dúvida alguma que foi uma das melhores viagens que fiz e por isso resolvi dividir um pouco com vocês.

Eu e Kleber saímos do Brasil no dia 02 de junho, fizemos conexão na França e depois seguimos para Dakar, a única reclamação que tenho a fazer foram ás 9 horas e meia que ficamos sem fazer nada no aeroporto da França para pegar nossa conexão, mas isso logo foi esquecido assim que chegamos em Dakar.


Chegamos na noite do dia 03 de junho e nosso show foi no dia 07 de junho, conseguimos nos dias que antecederam o show fazer uma boa tour pela cidade e conhecer um pouco da cultura, hábitos e costumes do povo, isso foi muito bom!


No dia do show fizemos a passagem de som na parte da tarde e para nossa surpresa o local estava lotado de crianças e todas ficaram olhando para nós com olhares do tipo: “O que esses malucos estão fazendo aqui?”.

Nosso anfitrião, Cheikh Guissé, foi quem explicou o que estávamos fazendo em Dakar e nos apresentou a criançada, os Guissés fazem um trabalho social em Dakar e são super respeitados pelas crianças e adolescentes.


Quando fomos apresentados elas logo perceberam minhas tatuagens e fizeram várias perguntas, na verdade eu não entendi nada, somente uma, que era: “É pra sempre?”, não sai?”, entendi a pergunta pelas expressões dos rostos das crianças e pelos gestos que faziam, pois o que foi falado, eu não entendia nada! (risos)”.

Vamos ao show!

A noite foi aberta pelo cantor senegalês Ousmane Touré com um show bem agradável. Antes de fazer carreira solo, ele fazia parte do grupo Frères Touré kunda.


A seguir, foi a nossa vez , apresentamos um repertório instrumental com músicas dos três CDs lançados - Gréia, Gréia ao vivo Conexão Nordeste e Ar puro - o público adorou, pois a seleção de canções que escolhemos, mostram as misturas de ritmos que estão mais evidentes. As canções “Teto preto” e “Nosso groove”, do disco “Ar puro”, fizeram o público levantar e dançar.


Na última música tocamos “Asa branca”, foi à única música cantada e nela houve a participação do grupo Frères Guissé.


Na passagem do som, tocamos essa música e eles gostaram da melodia e do ritmo, explicamos o que a letra dizia e à noite Djiby Guissé trouxe uma letra em wolof, um das línguas usados por eles e resolvemos tocar todos juntos. Foi muito interessante essa mistura.


Depois de “Asa branca”, deixamos o palco e deu-se início a apresentação dos Guissé. Eles são bastante conhecidos e têm vários sucessos em seu país. No show eles mostraram antigos sucessos e as novas canções do novo cd que será lançado em breve.

Fomos convidados para retornar ao palco para tocarmos duas canções: “Silmaxa”, composição dos Guissé e que está gravada no novo disco com título em wolof "Yakaar" que traduzindo para o português quer dizer Esperança, a segunda música foi "Tajabone", música tradicional senegalesa que foi gravada pelo cantor e multi-instrumentista Ismaël Lo no CD intitulado "Sénégal".

Ele fez um lindo arranjo para harmônica e na hora que executei o tema, o público ficou de pé e bateram palmas, foi um momento lindo no show.


Fiquei impressionado como essa música é conhecida. Sempre que era tocada, o povo reconhecia, outra coisa que me impressionou foram ás gravações que escutei de bandas africanas que usam a harmônica em suas músicas.

No dia seguinte ao show fizemos um grande passeio em um parque estadual e tiramos fotos de vários animais, entre eles um rinoceronte e conhecemos a árvore símbolo do Senegal, o Baobab, nesse parque tinham vários tipos dessa árvore e em especial um muito parecida com um elefante.


A viagem foi ótima, saímos de Dakar com saudades dos amigos que fizemos e com a esperança de firmar essa parceria entre Brasil – Senegal, nossa intenção é poder trazer artistas Senegaleses para o Brasil e assim mostrar o grande potêncial desses artistas e um pouco dessa cultura tão rica e pouco divulgada aqui pelos nossos lados.


Veja as fotos: Click aqui

por Jefferson Gonçalves