Miopia Coletiva
domingo, maio 31, 2009 | Author:
''Deus inventou os padres e o clero e o Diabo inventou o sacerdócio, o Diabo inventou o clero'‘. A frase é de Mansueto, pai do teólogo Leonardo Boff. Este último autor, de mais de 60 livros, foi várias vezes repreendido e proibido de manifestar-se enquanto padre pela própria Igreja Católica. Motivo: Subversão. Ele não foi o primeiro.

Durante a alta Idade Média, a chamada Idade das trevas (principalmente a alto Id. Média) várias pessoas foram mortas por se manifestarem contra a I.C... Também já foi criado um Índex, índice de livros proibidos pela Igreja após a Reforma protestante. Há inclusive um fato engraçado envolvendo o próprio Boff, após ser pego com dois livros que constavam no Índex, dentro do seminário. Consta que os padres foram falar com seu pai para que fossem queimados os livros. A resposta veio dura:

-Queimo vocês, mas não queimo os livros.

Hoje em dia a Igreja católica não tem o mesmo poder de que desfrutava na Alta Idade média, mas ainda funciona como forte instrumento de dominação ideológica, causando comodismo social, buscando em entidades metafísicas as respostas para problemas sociais. Um absurdo. A falta de mobilidade é alarmante. Em um documentário da BBC de Londres é levantada uma situação: um trabalhador tem como refeição para o dia todo apenas o café da manhã enquanto uma madame da High Society alimenta seu cachorro com alimentos de mais qualidade que os que estão no café do trabalhador.Outro documentário:''Ilha das Flores'' aborda uma situação onde porcos são alimentados com lixo e o que sobra é recolhido por seres humanos famintos.O motivo?Simples: os porcos têm dono. Qual a atitude sugerida por uma das instituições mais poderosas do mundo? Cantos. Cantos passivos e passos contidos. NÃO PODE HAVER PAZ INTERIOR ENQUANTO NÃO HOUVER PAZ EXTERIOR. Eles não querem vida após a morte, querem vida agora. Fantasias só após a realidade. Quem não crê agora? É por essas e outras que eu digo:

- AINDA BEM QUE EU SOU FLAMENGO!

por Rodrigo Bezerra
O governo dos absurdos
quarta-feira, maio 27, 2009 | Author:

Não! Assim já é demais! Um aquário que custará para nós R$250 milhões?! Inacreditavelmente um governo de absurdos.


O governador do estado do Ceará, Cid Gomes, manda mais uma de suas atitudes no mínimo revoltantes. A construção de um aquário marinho em Fortaleza, na praia de Iracema, que custará aos cofres estaduais nada menos que R$ 250 milhões, sobre a desculpa de incentivar o turismo regional. Segundo o projeto inicial será o maior aquário da America Latina e do Hemisfério Sul, coisa grande, digno de um estado rico. Ops! Estamos falando do Ceará!

Para incentivar o turismo, o estado precisa primeiro arrumar a casa, e quando digo isso, não é esconder a sujeira em baixo do tapete. É promover estratégias que visam, sobretudo, nossa população. Recentemente o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) apresentou dados assustadores (talvez nem tanto para alguns), eles revelam que de 2004 a 2008, o número de crianças exploradas aumentou 65%, e não é segredo para ninguém que o turismo sexual é uma das mazelas cearenses. O Ceará é o 6º estado brasileiro em número de denúncias de violência sexual. Isso é fruto de uma população carente, que se submete a níveis de humilhação para prover o sustento diário.

Férias no Ceará, mais uma promoção do governo do estado, que trouxe para algumas cidades, 17 shows de grandes bandas brasileiras como Paralamas do Sucesso, Biquíni Cavadão, Capital Inicial (nada contra as bandas) e algumas bandas de forró de qualidade duvidosa. O evento é mascarado sobre o objetivo de incentivar a cultura e o turismo, mas não beneficia os artistas locais tão pouco o turismo. Tudo pelo simples fato de que as bandas não são cearenses ou mesmo nordestinas, certo que a cultura é universal, mas se um o espetáculo predispõe-se a incentivar nossa cultura com o que as bandas do sudeste podem contribuir? O governo não enxerga o artista do Ceará! E outra, alguém acha que as apresentações tem um impacto significativo sobre o turismo? Pouco. Seria maior se fossem nossas bandas, assim as pessoas viriam conhecê-las, e não ver shows que já estão acostumados em suas cidades. Trocando em miúdos, dinheiro público jogado no lixo em detrimento aos incentivos de bandas de qualidade de nossa terra e artistas populares que sobrevivem, vergonhosamente para o povo cearense, às mínguas.

Além das Férias no Ceará o uso do dinheiro público para autorizações de obras (leia bem, autorização de obra. Irônico! Só o terreno nem mesmo um canteiro de obra) e outdoors fazem parte da obra humorística que o governo estadual vem apresentando. E o pior de tudo é o uso do nosso dinheiro para a contratação das chamadas pornobandas(bandas que trazem letra que incentivam a sexualidade e não reproduz a nossa cultura) que se apresentam nessas festanças. Pode ser citado como exemplo a festa que ocorreu em março deste ano na cidade de Barbalha, localizada no sul do estado, com uma gigantesca estrutura em prol da assinatura da ordem de construção da CEASA, que até alguns minutos atrás, quando passei por lá, só havia outdoor. Uma obra que saiu do papel aqui no Cariri, com custo de aproximadamente R$ 45 milhões, foi o Hospital Regional do Cariri, mas claro, antes disso muita festa e muito dinheiro público usado no palanque com a contratação de uma banda de forró para mobilizar a população.

Pão e circo, alguém sabe o que é isso?!

Outra que não faz tanto tempo assim foi um vôo oficial à Europa e, diga-se de passagem, custou R$ 388 mil ao estado(sem contar hospedagem), ou melhor, a nós. A bordo estavam Cid Gomes, a primeira-dama, a sogra, o secretário de Turismo e um assessor, com suas respectivas esposas, os quais ficaram hospedados nos melhores hotéis pelos 4 países que passaram em uma viajem mal esclarecida(Clique aqui para ler a nota do governador na íntegra).

Ainda tá faltando sobre o aeroporto regional do Cariri. Poxa vida! Eu já estou cansado de descrever tantos absurdos. Será que o governo do estado não está cansado de cometê-los? Mais do que cansado de escrever, estou cansado de assistir tamanho despreparo para um cargo de tamanha importância.



por Daniel Coriolano








Assinatura para início das obras do Hospital Regional do Cariri(obra em andamento)
Aviões do Forró


Outdoor do Hospital Regional do Cariri(obra em andamento)
Relacionados:
http://coletivocamaradas.blogspot.com/search?q=ferias+no+ceara

Com-plexos de imortalidade
terça-feira, maio 26, 2009 | Author:

Ai meu destino de astrólogo
Ai meus soinhos de estrelas
Sobrevoando os além-céus
Transpassando fronteiras dos sentimentos mais longínquos!

As cantigas guardadas pra essas horas
Dadas as saudades,
Os suspiros falando mais que mil palavras
Mais que tantos olhares pra o firmamento dentro de nós

Enquanto eu não avistar a lua no teu céu
Não poderei seguir em frente
Aguardo que essa noite esteja limpa e que eu possa usar tudo o que aprendi e sinto, pra nos guiar pra uma nova vida, um novo mundo.
E que a magia tenha seu espaço nessa existência, os astros, os elementos, os espíritos, a ciência
A essência que perdemos no limbo da ignorância, arredia ao bem, as coisas boas dessa, e de todas as vindas em que nos encontramos e nos perdemos e nos desencontramos e nos desentendemos, e entendemos e adiamos a eternidade.

Com-plexos de imortalidade?!

por Geraldo Jr.

O passado os condena
domingo, maio 24, 2009 | Author:

O passado os condena

Vocês devem – ou deveriam – estar pela tampa com a imprensa golpista do eixo São Paulo-Rio com essa história que ela não pára de masturbar sobre o “risco à democracia” que estaria contido na intenção supostamente oculta de Lula de fazer aprovar de alguma maneira no Congresso (via PEC) proposta que lhe permita conseguir um terceiro mandato para si.

Apesar das reiteradas negativas do presidente, a imprensa não se satisfaz. Acha que é pouco ele dizer que não disputará terceiro mandato nenhum. Não diz claramente o que ele deveria fazer, mas explica uma vez e outra e mais outra quão danoso seria para a democracia mudar as regras do jogo com este em andamento, ou seja, permitir que um presidente altere a Constituição para poder disputar um novo mandato.

Essa ojeriza da imprensa a mudança constitucional que permita a um governante disputar mandatos consecutivos nas urnas também se manifestou estrepitosamente durante o processo recentemente ocorrido na Venezuela, no qual o presidente Hugo Chávez conseguiu o direito de disputar novas reeleições.

Atado a esta maldita memória que me tortura, porém, sou tomado de acessos de gastrite cada vez que leio ou escuto os empregadinhos das famílias Marinho, Frias, Civita e Mesquita – bem como seus penduricalhos no resto da mídia – vituperarem contra mudança das regras do jogo com ele em andamento. Sofro o diabo com essa conversa fiada.

Sabem por que? É que me lembro do que essa mesma mídia dizia à época em que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso mudou a Constituição – inclusive por meio de compra de votos de deputados para votarem com o governo – a fim de poder se candidatar à reeleição.

Jornais como Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo e O Globo, entre outros, defendiam apaixonadamente a possibilidade de FHC recandidatar-se sob a mesma mudança das regras do jogo que agora esses veículos dizem ser “atentado à democracia”. E a justificativa era a vontade popular, que agora esses órgãos de imprensa dizem que não importa e que não mais justifica mudança constitucional.

Em 5 de janeiro de 1996, por exemplo, editorial da Folha intitulado Reeleição Popular” propugnava nesse sentido. Vejam, abaixo, que “gracinha”.

O apoio de três em cada quatro brasileiros à possibilidade da reeleição para o próximo presidente e futuros governadores e prefeitos mostra que a população vê com bons olhos a chance de renovar os mandatos que vem a se mostrar bons governantes. (...)

O argumento de que a reeleição ensejaria o uso eleitoral da máquina administrativa pelo mandatário – o candidato parece engajado. Afinal, esquece ingenuamente que a ‘máquina’ pode ser igualmente utilizada – como lamentavelmente ocorre amiúde – em prol do candidato de situação, mesmo que não seja ele o mandatário.

Uma eventual emenda de reeleição, ademais, evidentemente não muda a lei para manter um governante. Ela apenas permite que ele se recandidate. Entre a candidatura e a renovação do mandato estará sempre o democrático e o inquestionável veredicto das urnas.

Hoje, a mesma Folha de São Paulo não quer nem ouvir falar em projetos de lei sobre a realização de um plebiscito para perguntar ao povo se Lula pode ou não disputar um terceiro mandato, mas quando quem governava era FHC e era ele quem desejava mudar a Constituição para poder disputar um novo mandato, o jornal tinha outra opinião.

Leiam, abaixo, trecho do editorial da Folha de 9 de janeiro de 1997 intitulado, mui adequadamente, como “Casuísmo explícito”. Mas só leiam se tiverem estômago forte.

Esta Folha há muito considera justo o direito de os governantes, inclusive os atuais, disputarem a reeleição. Mas a abrangência da questão, a total ausência de debates esclarecedores e a clara manipulação do tema, visando benefícios meramente eleitorais, tornam cada vez mais indispensáveis que o assunto venha a ser examinado em fóruns amplos e, em seguida, apreciado em plebiscito nacional

Já o jornal carioca O Globo não queria perder muito tempo com o assunto. Em editorial de 26 de janeiro de 1997 intitulado “O preço da demora”, pedia que se aprovasse logo a emenda da reeleição de FHC para não atrapalhar seu magnífico projeto de nação, que dois anos depois quebraria de novo o Brasil e o faria peregrinar pelos organismos multilaterais de pires na mão.

Leiam e chorem.

(...). Para essas mudanças são fundamentais as reformas estruturais em andamento: delas dependem a revisão da ação do Estado, enquanto os mecanismos de mercado se tornam cada vez mais presentes no cotidiano dos brasileiros.

Tudo isso está suspenso, enquanto se debate a emenda da reeleição. Trata-se de uma questão política duplamente importante do ponto de vista econômico. Por um lado, a aprovação do direito de reeleição na prática significa a ampliação do horizonte das reformas; por outro lado, é um problemas que deve ser resolvido com rapidez, para que a classe política, o Executivo e o Congresso voltem a se concentrar na agenda das reformas.

Como vocês vêem, a mídia só engana os desmemoriados, pois o passado dela a condena. Infelizmente, porém, desmemoriados, ao menos no Brasil, costumam ser maioria. E aqueles que, como eu, têm memória, que se danem.

Ontem e hoje

Vocês leram, no primeiro editorial da Folha reproduzido acima, o que o jornal achava ontem de mudar a constituição para que o presidente de turno possa disputar a reeleição. A Folha apoiava, como todo o resto da mídia. Dizia ser direito da população reeleger um governo do qual estava gostando etc. Agora, o discurso mudou, porque mudou a corrente político-ideológica que governa.

Vale a pena ler, abaixo, editorial recente da Folha, do último dia 22, curiosamente intitulado “casuímo sem fim”, que mostra como o jornal muda de opinião sempre de acordo com a própria conveniência, o que mostra como essa gente não tem um pingo de seriedade, sendo apenas um bando de gangsters, de mercenários pagos para defender interesses de grupos políticos e econômicos.

(...) Retomam-se as especulações e as iniciativas em torno de uma terceira candidatura consecutiva para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (...) Mas a confirmação dos índices de popularidade de um presidente, que referendos desse tipo tendem a refletir, em nada se confunde com a prática institucional de qualquer democracia digna desse nome.

Trata-se de assegurar um mínimo de alternância no poder, de respeitar as regras básicas do jogo político e de evitar que ele se torne refém da figura providencial de líderes personalistas. (...)

Se há muito a aprimorar no sistema político brasileiro, certamente o calendário sucessório e o dispositivo da reeleição não fazem parte do que interessa discutir. Que se cogite de mudá-los, conforme a conveniência deste ou daquele político, é um sinal de imaturidade que não condiz com o estado já alcançado pelas instituições do país, mais de 20 anos após a Carta democrática.

Comentário :

Precisamos espalhar este texto. As pessoas precisam saber que, ontem, essa mesma mídia que hoje repudia mudar a Constituição de forma que Lula possa se submeter a escrutínio da vontade popular, defendeu processo idêntico em 1997 porque o beneficiário era FHC, o qual apoiava e apóia.

Ajudem-me a espalhar este post por onde puderem. Imprimam e levem uma cópia com vocês por aí. Quando ouvirem alguém falando que o jornal A ou B está denunciando que Lula quer violar a democracia, blabblablá, etc e tal, tirem o papel do bolso e ponham o burro no seu lugar.

Escrito por Eduardo Guimarães

O petróleo é nosso, PSDB!
quarta-feira, maio 20, 2009 | Author:
O bordão “O petróleo é nosso” foi criado pela Campanha do Petróleo, desencadeada pelo Centro de Estudos e Defesa do Petróleo e por nacionalistas. Daquela campanha, nasceu a estatal petrolífera nacional, a Petrobras, em 1953.

O Brasil, desde aquela época, vem se dividindo entre nacionalistas e defensores do capital estrangeiro. Em 1938, o governo Getúlio Vargas determinou a exploração de uma jazida de petróleo em Lobato, na Bahia, dando origem ao Conselho Nacional do Petróleo. Desde então, as jazidas minerais passaram a ser propriedade do povo, sendo vedada a propriedade privada.

Criar a Petrobrás, no início dos 50, foi uma decisão acertada. Naquela época, o Brasil importava 93% dos derivados de petróleo que consumia. Hoje, somos autossuficientes.

O monopólio estatal do petróleo durou 44 anos. Foi quebrado em 16 de outubro de 1997 justamente pelo governo Fernando Henrique Cardoso e pelo partido que lhe dava sustentação, o PSDB, que agora, diante da maior descoberta petrolífera da história do país, novamente avança sobre o petróleo a fim de entregá-lo ao monopólio estrangeiro.

A CPI da Petrobrás, recém-criada no Senado Federal por iniciativa do PSDB e a mando evidente da eminencia parda da agremiação, o governador José Serra, é o mais novo avanço dos entreguistas de que falava Getúlio Vargas, aos quais o país se opôs e criou a empresa petrolífera.

Como disse recentemente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a descoberta e o início das operações de exploração do pré-sal constitui a “Segunda Independência” do Brasil. Através dessa riqueza imensa que jaz em nosso litoral Sudeste, o Brasil poderá ascender ao Primeiro Mundo talvez em uma década, se conseguirmos manter a riqueza a salvo das garras tucanas.

Não é por outra razão que venho propor a criação da nova campanha em defesa das riquezas minerais brasileiras, sugerindo o bordão “O petróleo é nosso, PSDB!”

E, sem titubear, começo propondo o início dessa campanha num ato público em defesa da Petrobrás a se realizar o quanto antes diante do diretório estadual do PSDB em São Paulo, no bairro de Indianópolis, na avenida que leva o mesmo nome, pois o ataque à Petrobrás vem do mesmo partido que começou a entregar o petróleo brasileiro há 12 anos e que quer voltar ao poder no ano que vem para continuar sua obra nefasta.

Como sempre, dependerei de vocês para saírem pela internet propondo em sites e blogs a medida que anuncio aqui em defesa dos interesses nacionais.

Será um ato ao qual se pretende a adesão de partidos, sindicatos, movimentos sociais e da sociedade civil de forma geral. Diante do previsível bloqueio que a imprensa dará a esta iniciativa, só podemos contar com vocês, leitores, e com a força da internet.

Na semana que vem, novamente iniciarei contatos para difundir o ato público proposto. Desta vez, porém, será no âmbito maior de uma campanha que se espera que se espalhe pelo país.

Caso esta proposta receba as adesões minimamente necessárias dos leitores deste blog, novamente o Movimento dos Sem Mídia assumirá o compromisso de organizar outro ato em defesa da cidadania. E vocês, ao aderirem, comprometer-se-ão a difundir esta proposta onde possam - na internet, nas ruas, entre a familia, entre os amigos, onde cada um puder.

Primeiro em São Paulo, na terra da mente criminosa que está por trás de tudo isso, a mente obscura de José Serra. Depois, pelo país inteiro. A campanha deverá durar enquanto durar a CPI da Petrobrás, com atos públicos espalhando-se pelo país até chegarmos a um ato maior, que sugiro que seja feito em Brasília diante do Congresso Nacional.

Pronto, a sorte foi lançada. A reação, agora, dependerá de cada um de nós, de nosso empenho em difundir e defender os interesses do Brasil. Que Deus nos ilumine e ajude a manter as garras tucanas e reacionárias longe das riquezas nacionais.

por Eduardo Guimarães
Fonte: Cidadania.com

À Bunda desconhecida
terça-feira, maio 19, 2009 | Author:
Uma vez uma amiga me perguntou se nós, homens, olhávamos para a bunda das mulheres para nos exibir ou se era algo automático.

Parei por um instante, tentei me controlar, mas percebi que, sem sombra de dúvidas, é totalmente automático, pelo menos para nós, brasileiros, já que algumas civilizações não vêem qualquer graça no mais lindo atributo palpável do corpo feminino.

Passei algum tempo tentando me controlar, mas era impossível, tente! É impossível, é só passar uma mulher para nos concentrarmos naquele pedaço de pecado irresistível que é uma bunda, às vezes a gente olha até as que temos certeza que é feia, apenas para termos uma certeza que já tínhamos.

Outro dia li um artigo que a bunda cresceu como forma de melhor nos acomodarmos quando sentados, bendita evolução humana!!! Às vezes a gente sente tesão até em ver montanhas parecidas com uma bunda.

Mas hoje em dia, algo que muito me inconforma é saber que assim como as pessoas, cada bunda tem a sua história. Sim, cada uma delas já recebeu picadas de agulhas, já teve algum tipo de ferida quando criança, tomara que não tenha ficado nenhuma cicatriz, e está no seu momento de auge que nós, homens, apreciamos com o olhar guloso.

Uma coisa que me inconforma é ver uma bunda e não conseguir ver o rosto da proprietária, pois, queira ou não queira, a maior beleza vem do rosto, dos olhos (como diria Machado de Assis). Alguns homens dizem que adoram pés femininos, eu também os adoro, mas um pé não justifica uma beleza, mulheres com pés lindos e rosto feio são totalmente feias, e mulheres com o rosto bonito e o pé feio são mulheres lindas com o pé, digamos, estranho, um pouco diferente.

Assim também, uma bunda linda não justifica uma beleza, mulheres de bundas lindas com o rosto feio são mulheres completamente feias, a gente só lamenta aquela bunda não estar em outra, afinal mulheres com o rosto lindo e sem bunda nos faz desejar a bunda daquela feia que só tem bunda.

Mas voltando às bundas desconhecidas, às vezes vou andando de carro, vejo uma bunda linda, mas a imagem do rosto só aparece no retrovisor quando já está bem distante, impossível de ver o rosto, isso me incomoda, jamais saberei se aquela bunda é realmente bonita, se tem um rosto bonito. Às vezes também, andando a pé (faço isso porque facilita a visão das bundas), tento seguir uma bunda linda, mas não consigo, frustração total.

Os documentos deviam ter a foto do rosto e da bunda, afinal, olhos, mãos e bundas são fatores determinantes na identificação da pessoa.

Um beijo a todas as bundas femininas do mundo, até as feias, vocês guardam segredos que me fazem querer viver para sempre apreciando a beleza dos segredos.

por Michel Macêdo
Paupéria Revisitada
sábado, maio 16, 2009 | Author:
Putas, como os deuses,
vendem quando dão.
Poetas, não.
Policiais e pistoleiros
vendem segurança
(isto é, vingança ou proteção).
Poetas se gabam do limbo, do veto
do censor, do exílio, da vaia
e do dinheiro não).
Poesia é pão (para
o espírito, se diz), mas atenção:
o padeiro da esquina balofa
vive do que faz; o mais
fino poeta, não.

Poetas dão de graça
o ar de sua graça
(e ainda troçam
— na companhia das traças —
de tal “nobre condição”).
Pastores e padres vendem
lotes no céu
à prestação.
Políticos compram &
(se) vendem
na primeira ocasião.
Poetas (posto que vivem
de brisa) fazem do No, thanks
seu refrão.

Ricardo Aleixo

Por Cory Matos
O flamengo não está em promoção
terça-feira, maio 05, 2009 | Author:
Não sou um aficionado por partidas de futebol, nem tão pouco é comum gastar meu tempo em assistir amistosos. Um flaflu?! Esporadicamente a convite do meu tio ou primo, diga-se de passagem, estes sim são exemplares flamenguistas. Do campeonato detenho-me a final, esta me atrai. Pra mim ela começa desde os comentários sobre o jogo, provocações saudáveis, uma brincadeira com o time rival, artilheiro ou mesmo conversas sobre a escalação para o grande dia.

Quando a final torna-se passado, e como de costume o flamengo leva o título, eu no máximo estarei com a camisa rubro-negra, um presente dado pelo citado tio, é justo lembrar, e dali avante continua minha vida.

O caro leitor já pode idealizar que não sou um exímio torcedor, mas com isto não conclua que meu coração não é rubro-negro. Digo que é, mas acho razões para quem duvida.

Esta paixão questionada renova-se a cada título e até mesmo a cada amistoso que saímos com a vitória, mesmo que o resultado eu apenas saiba por tabela, no dia seguinte, através dos colegas de faculdade ou das notícias esportivas dos telejornais.

Inobstante, ontem tive outra vez a oportunidade de renovar o orgulho pelo, repetidamente citado, flamengo.

Objetivando comprar um tênis, estava eu em uma loja de artigos esportivos. Enquanto o vendedor fora buscar o número por mim solicitado, demorei-me a vislumbrar camisas de inúmeras equipes de futebol, que estavam dispostas em cabides sobre uma estrutura à altura dos olhos, algumas belíssimas, outras extravagantes, de acordo com meu conceito. Ao lado delas, em uma mesa de tamanho considerável, setas indicavam “promoção”, "apenas R$ 9,90", apontava uma delas.

Desviei-me para a mesa, nela também várias camisas de times. Muito embora não oficiais, a qualidade era superior ao preço. Após alguns demorados segundos de busca pela cor vermelha no meio daquele emaranhado de tecidos, apenas a do Guarani de Juazeiro do Norte achei, inúmeras camisas alvinegras atrapalhavam as buscas, não pretendo rebaixar os times que se utilizam destas cores com este relato, é verídico o que escrevo mesmo sendo cômico e trágico para eles. Pedi então auxílio para minha irmã que me acompanhava. Sem triunfo.

De posse dos tênis o vendedor chegara, foi quando perguntei:

- Sabe informar se há camisa do flamengo nesta promoção?

Então, após um sorriso sutil, ele respondeu o que me motivou a escrever esta crônica.

- A do flamengo não dá tempo ir pra promoção.

Cômico e trágico para mim também que não poderei comprar a camisa do mengo com um bom desconto.

Não parece! Mas ainda bem que sou flamengo.

por Daniel Victor Coriolano