Somos os filhos da revolução
sexta-feira, abril 24, 2009 | Author:
Às vezes me pergunto o que será do futuro. O que será do nosso futuro. Que importância esse nosso presente terá algum dia, se é que terá.
Somos os filhos da revolução, aliás, das revoluções.

O mundo muda a cada segundo de uma maneira vertiginosa. O presente é apenas o agora. O mundo mudou enquanto dormíamos, e agora nos encontramos meio perdidos na multidão em pânico.

Quantas pessoas. Quantos gênios esquecidos nas sarjetas de todo o mundo, sem oportunidades de se manifestarem.

E as oportunidades também estão se acabando, pelo menos do nosso ponto de vista presente.

Lembro do filme UMA MENTE BRILHANTE, onde John Nash não perdia tempo assistindo as aulas, ele sabia que tinha que encontrar uma idéia brilhante, que o diferenciaria dos outros, sofreu muito até conseguir.

É verdade que o universo conspira para realizar nossos desejos mais íntimos, mas nem todos têm esse verdadeiro desejo. E o universo também anda muito ocupado ultimamente.

Fico pensando também em Isaac Newton, que inventou/descobriu a lei da gravidade quando uma maçã caiu sobre sua cabeça.

Será que antes dele ninguém nunca tinha prestado atenção que as coisas sempre caem para baixo?

Como seria bom viver naquele tempo, sendo da elite, é claro, pois com certeza haviam muitos gênios que eram escravos e tiveram a língua cortada antes que pudessem usá-la.

Hoje, além das oportunidades estarem menores – quem sabe um dia tudo será descoberto – somos governados por um conceito de nostalgia que nos leva para o futuro sem nos libertar do passado, um passado que não nos pertence.

Somos regidos por um sistema de vestibular de vida que ainda tem leis de 100 anos atrás, enquanto que nossa realidade é totalmente diferente.

As coisas mudaram drasticamente, mas as leis que regem as coisas continuam as mesmas.

Vejo muitos livros de “Sabedoria Oriental”, por exemplo, e o que vemos atualmente da China é que são campeões em crimes contra a humanidade e contra os animais. Quanto ao Japão, continuam calados, morrendo em filas de lojas para comprar a mais nova moda, pintar os cabelos de loiro e aumentar os olhos (os japoneses querem virar Michael Jackson) e se suicidando quando não passam de ano (ainda não sabem o por que disso). Quanto aos judeus e povos semelhantes, não aprenderam nada com a sua idade avançada, continuam dominados por um rei Herodes à espera do salvador – que tenho certeza morre de medo de ir pra lá.

Vivemos num mundo que corre, mas não sabe para onde vai. Vivemos num mundo que não nos pertence, e que nunca nos pertenceu – talvez tenhamos consciência disso agora, se é que temos consciência de algo.

Os estilos já estão consolidados, as vertentes, os modelos. Isso sempre fez parte da história da humanidade. É hora de uma nova revolução. Mas acho que não temos mais para onde ir, já tivemos a revolução industrial que nos levou para o futuro, e não existe nada além do futuro, voltar à idade da pedra é algo impensável. Seria hora de revermos nossos conceitos, mas muitos de nós não têm nenhum.

por Michel Macedo
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2 comentários:

On 1 de maio de 2009 às 19:31 , Interna em Medicina disse...

Parabéns pela linha de pensamento e pelo texto, que está muito bem escrito.

 
On 19 de maio de 2009 às 22:29 , Sarah Loureiro disse...

Bela crônica. Mais uma vez ao acabar de ler um texto seu e saber que compartilhamos certas idéias fico muito orgulhosa em conhecer esta cabecinha pensante. Parabéns.