Brasil, no Fundo. Mas chique!
sexta-feira, abril 10, 2009 | Author:
O Brasil, a partir de agora, é um dos 47 países credores do Fundo Monetário Internacional – FMI, instituição financeira criada em 1944 nos EUA e em vigor desde 1945 cujos objetivos são promover a cooperação monetária internacional, a estabilidade cambial, o crescimento do comércio internacional, a eliminação das restrições cambiais impostas pelos países, a distribuição de recursos a fim de equilibrar as balanças de pagamentos dos membros... ou seja, manter o bom funcionamento do sistema financeiro do globo.

Desde 1982 o país pertencia ao grupo dos devedores e consequentemente, acumulando juros e mais juros que foram pagos em prejuízo aos investimentos em serviços públicos como educação e saúde. Fato que motivou inúmeras manifestações socias “Fora FMI”. Quem não se lembra desta celebre reivindicação bradada pelas mais diversas entidades de classes, partidos políticos e militantes de convicções pessoais. Em uma delas o nosso presidente estava certamente!

Ante as facetas que envolvem a aceitação do convite feito pelo FMI uma se sobressai ao meu senso. Pegar mundos de dinheiro emprestado e ficar devendo até os fundos não pode né? Mas contribuir com US$ 4,5 bilhões para manutenção do sistema em troca de favores monetários e benefícios dos juros que serão gerados em outros países é “chique”?! Hipocrisia fina pensar assim.

E esse negócio de ajudar quem ta precisando também não me parece muito honesto não. Guardando as devidas proporções é como contratar alguém e dizer que está ajudando aquela pessoa que agora ganha um salário etc... quando quem realmente está sendo ajudado é o contratante que lucra mais com o novo funcionário. Do mesmo jeito é lá. Diz-se que está ajudando um país emergente que está em meio às dificuldades impostas pela exaustivamente citada, “crise mundial”, quando na realidade está gerando lucros em forma de juros que a nação emergente terá que pagar a duras penas e longas e decadentes prestações, mas “decadentes” de décadas e não de decrescimento (sei que a palavras não existe, mas gostei do trocadilho).

De certo que o paradigma econômico sofreu mudanças de décadas passadas para hoje, mas ser chique desse jeito não é certo não eim!

por Daniel Coriolano

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